sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Novamente


Me disse vai embora e eu não fui
Você não dá valor ao que possui
Enquanto sofre o coração intui
E ao mesmo tempo que magoa o tempo...
O tempo flui
Assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a branca luz
E ao mesmo tempo que machuca o tempo...
Me passeia...
Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós..
Quem sabe soletrar "adeus"
Sem lágrimas nenhuma dor..
Os pássaros atrás do sol...
As dunas de poeira...
O sol de anil do Pólo Sul
A dinamite no paiol...
Não há limites no anormal...
É quem nem sempre o amor
É tão azul...
A música preenche a sua falta...
motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois
E arriscam uma fuga contra o tempo...
O tempo salta...
Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós...

Quem sabe soletrar "adeus"
Sem lágrimas nenhuma dor...
Os passáros atrás do sol...
As dunas de poeira...
O sol de anil do Pólo Sul
A dinamite no paiol...
Não há limites no anormal...
É quem nem sempre o amor... é tão azul...
Fred Martins e Alexandre Lemos

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Coisas que eu nem sempre lembro...

Estava pensando no meu avatar no Facebook... o Oitavo Homem... desenho de quando eu era criança. Tosco, tosco, mas, que seja... na TV em preto e branco, com Bombril na ponta da antena, tudo parecia tão maravilhoso aos meus oito anos, algo mais, algo menos. Era um robô que se disfarçava como detetive, de uma forma muito maneira, super veloz, voava e quando enfraquecia, fumava um cigarrinho regenerador, numa carteira na fivela do cinto... Já coloquei o National Kid e o Rex Racer, irmão do Speedy, que brigou com o Pops e se mandou de casa. Várias vezes quis me mandar de casa, mas, tão pequenino e o mundo tão grande, para onde iria? Morava no Humaitá e o Parque Laje era o mais distante que minha bicicleta ia, uma Monark Olé 70, dobrável. Já havia passado dos 10, então... lembrei de tudo iisso pois parabenizei o Dapieve, por um coluna que ele escreveu sobre O Túnel do Tempo, seriado maneiro dos anos de 1970 - com aquela estética típica. Tony e Doug e suas aventuras pseudo-históricas muito legais. História era minha matéria favorita. Ainda é. Perdidos no Espaço, Terra de Gigantes, Daniel Boone e Viagem ao fundo do mar - Almirante Nelson, Lee Crane, Chip Morton e Kowalski (que sempre era devorado por algum monstro-planta ou se transformava em um ser abissal, coitado) completavam as séries mega legais dos meus tenros anos.

Dois mil e dez está acabando, mas não é sobre esse...

Depois de tanto tempo pouco móvel, quase imóvel e um mês e pouco pendurado no cabide, juntos às velhas roupas, tudo começa a se movimentar.
Ano novo, vida nova. Nunca esse aforismo foi tão significativo. Para mim, capricorniano com ascendente Touro e cético (ironia mode on), arrancar as raízes é quase fisicamente doloroso. Inseguranças... e insegurança é uma merda. Mas, como diz outra sabedoria popular, até um pé na bunda te faz andar para frente. Tá, nem foi um pé, nem nada emocional, foi só um apartamento alugado a ser devolvido. Mas, putz, logo no meio do processo de seleção do mestrado e em final de período?!?!?!
Pois é, isso implicou em tomar várias coragens (e algumas garrafas de vinho do Colchágua e cervejas holandesas Amstel Pulse). Papéis resolvidos, processos encaminhados, local escolhido, bá, blá, blá e o rio segue seu curso (caralho, Zé, quantos lugares comuns... tá eu sou meio medíocre mesmo, foda-se! nota mental 1: palavrões não são interjeições, velho... aliás, já contei a da freirinha costurando? não? melhor não...)

Ansiedade

Não, não é um inter-título, é só digressão, valeu?
Sexta-feira, catorze (prefiro ao quatorze, sabe...) horas terei uma das respostas que porão a vida em movimento de novo. Se sim, segunda-feira, entrevista e poderei comprar meia-entrada para o Rock'n'Rio. Se não, no final de 2011, me preparo melhor e tento de novo.
No início de dezembro, já de férias das minhas "crionças" jornalísticas, publicitárias e cineastas, me mudo. E aí sim, começa tudo novo. Arrumar, organizar, pintar, reformar, decorar. Desarrumar e guardar eu já estou e "jogando tanta coisa fora" (trechinho de Tendo a lua, dos Paralamas, que eu gosto tanto). Ah! Noel. Não, não é o Papai, é o compositor.
Da terceira mudança, não é tão novidade assim, pois já andei pela CoordCom, lá no Fundão. Como sou escravo branco, dependo da troca por outro funça de lá. Mas creio que estarei por lá, de novo, em 2011. Ou seja, local novo. Pelo menos não ficarei mais ocioso, subaproveitado e pouco ocupado. Alvíssaras.
Tem mais? Sei lá, depois de 3 anos completamente sozinho...

Das razões e da falta delas

Me deu vontade de escrever. E rasbiscar. E publicar. E compartilhar. E...